Após uma campanha de intensa polarização no segundo turno, a presidente Dilma Rousseff (PT) foi reeleita neste domingo (26) e impediu a virada do senador mineiro Aécio Neves, candidato do PSDB – nunca um candidato que ficou em segundo lugar no primeiro turno foi eleito presidente do Brasil.
Com 99,99% das urnas apuradas, Dilma obteve 51,64% dos votos ou 54.499.901 votos e Aécio, 48,36% ou 51.041.010 votos. A diferença de votos era de 3.499.901 votos. Essa foi a menor diferença de votos em um segundo turno desde a redemocratização.
Antes disso, a disputa mais apertada foi em 1989, quando Fernando Collor de Mello (então no PRN) venceu Luiz Inácio Lula da Silva (PT) por 4 milhões de votos. Na época, Collor teve 53,03% contra 46,97% de Lula.
Nas outras eleições presidenciais decididas em duas etapas, a diferença entre o vencedor e o segundo colocado foi maior. Em 2002, Lula teve 19,4 milhões de votos a mais do que José Serra (PSDB). Quatro anos depois, Lula foi reeleito com uma margem ainda maior: 20,7 milhões de votos a mais do que Geraldo Alckmin (PSDB). Já na última eleição, a diferença voltou a se estreitar, e Dilma bateu Serra por 12 milhões de votos.